Apesar de passarem os últimos anos repetindo o mantra de que não havia provas contra ele, Luiz Inácio Lula da Silva e sua defesa querem que seus amigos do Supremo Tribunal Federal façam mais uma camaradagem.
Depois de terem aceitado a chicana de que o foro de Curitiba não poderia julgá-lo, Lula quer que seus indicados e de Dilma para o tribunal retribuam os favores anulando as provas contra ele.
Lula e sua defesa sabem que uma vez reiniciado o processo em outro foro, a montanha de provas contra ele deve levar a novas condenações. Diz o jornal Valor, do Grupo Globo:
“A anulação das condenações em Curitiba não inocenta Lula (…).
Ainda que não haja tempo para uma condenação em segunda instância que venha a tornar o ex-presidente novamente inelegível, não há segurança em relação ao que pode acontecer na primeira instância (…).
A primeira instância é formada por juízes que, egressos diretamente dos concursos públicos, são mais blindados de ingerências. A suspeição de Moro, na avaliação de petistas próximos do ex-presidente, lhe daria mais meios para conter uma eventual sentença de primeira instância.”