Indicado pelo petista Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal em 2006, o ministro Ricardo Lewandowski anunciou nesta quinta-feira (30/03), em entrevista coletiva, sua aposentadoria. Lewandowski foi indicado na ocasião para o lugar de Carlos Velloso, que se aposentou.

Em 11 de maio ele completará 75 anos, e isso implicaria na sua aposentadoria compulsória. Mas ele resolveu antecipar a sua saída do Supremo Tribunal Federal.

Ele confirmou que entregou à presidente do STF, Rosa Weber, seu pedido de aposentadoria. O ofício também já foi encaminhado ao Palácio do Planalto. Dessa forma, o ministro deixará a corte trinta dias antes do esperado. Hoje foi sua última sessão plenária como ministro.

“Essa minha antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam, e eu agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo”, disse Lewandowski. “Saio com a convicção de que cumpri a minha missão, mas parto para novas jornadas”, acrescentou.

O ministro disse que não conversou com Lula sobre sua sucessão no STF alegando que essa é uma escolha de foro íntimo do petista. “Estive em um evento em Recife, no dia 22, em que eu homologuei um acordo com a União para a gestão compartilhada com Fernando de Noronha. Não tive nenhum encontro com ele [Lula] para tratar do assunto”, completou.

O nome mais cotado para a vaga é do advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa de Lula em diversos processos por corrupção. Zanin foi responsável pela defesa de Lula no STF que levou à modificação do entendimento sobre a prisão em segunda instância, o que tirou Lula da cadeia e, posteriormente, pela anulação dos processos criminais em que Lula fora condenado com base na tese de que seu cliente não deveria ter sido julgado em Curitiba.