Diversas parte do mundo, sobretudo a Europa, estão alarmados com a aparição de casos da chamada Monkeypox, ou varíola dos macacos. Já são cinco casos em Portugal, 23 na Espanha, 1 na Itália e um total de 50 na Europa. Nos EUA e no Canadá também já há suspeitas de casos. Mas, o que é essa doença? É o que vamos explicar adiante.
O que é o vírus Monkeypox?
O vírus Monkeypox – ou a varíola dos macacos – é uma doença transmissível através de contato com animais, com o contato próximo com pessoas infectadas ou, ainda, com materiais contaminados. A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos.
Geralmente leve, é normalmente contraída através do contágio de animais selvagens infectados em algumas zonas de África. Trata-se de uma doença semelhante à varíola, causando uma erupção cutânea que muitas vezes começa no rosto e pode ser transmitida por uma picada ou mordida de um animal infectado, tocando no seu sangue, ou também através de fluidos corporais ou pelos.
Como ocorre a transmissão da doença?
O vírus pode ser espalhado aos humanos por roedores, tais como ratos e esquilos, ou comendo carne de um animal infectado que não tenha sido devidamente cozida.
A doença pode propagar-se entre humanos através do contato com roupas, roupa de cama ou toalhas utilizadas por alguém com sintomas da erupção cutânea. Pode ser ainda transmitida através do contato direto com as borbulhas ou crostas de uma pessoa infetada ou, ainda, pela tosse e por espirros.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da infecção Monkeypox, ou varíola dos macacos, demoram, normalmente, entre cinco a 21 dias para se manifestar.
Febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, glândulas inchadas, tremores e exaustão são alguns dos primeiros sinais da doença.
A erupção cutânea aparece entre um a cinco dias após o aparecimento destes sintomas, sendo por vezes confundida com varicela, porque começa como manchas em relevo que se transformam em pequenas crostas cheias de líquido.
Os sintomas normalmente desaparecem dentro de duas a quatro semanas e as crostas caem.
O que fazer se tiver sintomas?
Pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço procurem ajuda médica.
Perante sintomas suspeitos, o indivíduo deverá abster-se de contatos físicos diretos. A doença não tem um tratamento específico, passando no prazo de algumas semanas, nas situações leves.
Os casos mais graves de pacientes diagnosticados com o vírus terão de permanecer em instalações hospitalares especializadas para que a infecção não se propague e os sintomas gerais possam ser tratados.
Embora a letalidade seja baixa, varia conforme o acesso a cuidados médicos adequados. Segundo a Organização Mundial de Saúde, na África Central, onde as pessoas têm menos acesso a uma saúde de qualidade, os estudos realizados apontam para que a doença tenha morto até um décimo das pessoas infectadas. Mas, a maioria dos doentes recupera no espaço de algumas semanas.
