Uma situação tem atormentado o Partido dos Trabalhadores e seu “dono”, o atual pré-candidato da legenda, Lula da Silva. Apesar de ter sido presidente por dois mandatos, ter eleito e reeleito um “poste” para sucedê-lo, ter colocado outro “poste” no segundo turno em 2018, ter governado em um momento favorável da economia mundial e, ainda por cima, aparecer na frente das intenções de votos, segundo os institutos de pesquisa, Lula não consegue reunir um público nas ruas minimamente proporcional a tudo isso.
Um fato ocorrido neste sábado (02/07) na capital baiana parece ter sido a apoteose desse tormento petista. Após Lula ingressar em uma celebração do dia da independência da Bahia em uma via pública de Salvador, as redes sociais do pré-candidato divulgaram uma foto adulterada do evento para sugerir que havia ali uma manifestação pró-Lula mais numerosa que de fato era a aglomeração em que ele entrou de penetra.
O desespero do PT em não conseguir juntar povo na rua obrigou Lula a mentir duas vezes. Uma, ao usar um evento que não tinha nada a ver com sua pré-candidatura. Outra, ao adulterar uma foto para sugerir que havia mais gente no local. A assessoria depois alegou que foi um “bug” na foto, uma desculpa esfarrapada que só engana quem quer ser enganado.
A realidade cobrou a conta em um outro evento, esse sim político e petista, ocorrido no entorno do Estádio da Fonte Nova. Mesmo no estado mais petista da federação, governado pelo partido há quatro mandatos, a aglomeração ficou muito aquém da esperada.
Bolsonaro, por sua vez, mesmo em um estado majoritariamente historicamente favorável ao seu principal adversário, colocou muito mais gente do que poderia esperar nas ruas de Salvador.
Não é de hoje que os apoiadores do presidente zombam de Lula e do PT por sucessivos fracassos de público, ocorrido em atos “Fora Bolsonaro” e em eventos com a presença do seu pré-candidato à Presidência. O primeiro de maio no Estádio do Pacaembu foi um retumbante vexame.
Por diversas vezes o petismo tentou criar ocasiões para tentar calar o bolsonarismo, mas não consegue. Não sem razão, os bolsonaristas apontam uma estranha divergência entre as pesquisas de intenção de voto e a realidade.
Enquanto Lula não coloca um público relevante para ouvi-lo nem onde tem controle da máquina pública e pode obrigar a servidores comissionados a comparecer nos eventos, Bolsonaro arrasta multidões em todos os estados. Mais um ponto para ampliar a estranha divergência das pesquisas com a realidade apontada pelos bolsonaristas.
Nas demonstrações de apoio e de interesse da sociedade, Lula tem perdido de goleada para a realidade. Resta saber se as urnas também darão um choque de realidade nos institutos de pesquisa e na militância lulista.
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