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Um tuíte da jornalista Eliane Cantanhede surpreendeu políticos e internautas nesta quarta-feira (22/11). A colunista do Estadão e comentarista da GloboNews sugere em sua publicação a existência de um acordo do STF com petistas pois, de acordo com suas palavras, os ministros do Supremo sentem-se traídos com a posição do PT em recente votação no Senado. Dentre outras medidas, o texto aprovado veda decisões individuais de ministros que suspendam a eficácia de leis ou atos dos presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Congresso.
“Ministros do Supremo classificam como ‘traição rasteira’ o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, contra eles, depois de toda a resistência ao golpe bolsonarista O recado é: ‘ou o Jaques Wagner sai, ou não tem mais papo do STF com o Planalto e o governo‘”, disse a jornalista.
A informação que mais chamou atenção foi aquela que estava nas entrelinhas. Ao revelar que os ministros chamaram a postura do PT de “traição rasteira“, Cantanhede indica que havia um acordo do STF com petistas, o que contraria a natureza da corte, que constitucionalmente não é um agente político, mas um tribunal.
Em seguida à publicação, o deputado federal fluminense Carlos Jordy (PL) foi um dos que reagiram. “Esse post é inacreditável. Observamos: 1) conluio entre STF e governo; 2) chantagem da Corte para interferir na política e derrubar o líder do governo; 3) relações espúrias sendo passadas a “jornalista” e tratadas com normalidade. Traição é a quebra de fidelidade prometida“, escreveu Jordy.
Ademais, o ex-deputado federal do Paraná, Paulo Eduardo Martins (PL), também seguiu na mesma linha: “Esse post revela um escândalo. Lembro que “traição” pressupõe um acordo“.
Até o fechamento desta matéria, 19 horas após à publicação da jornalista, Eliane Cantanhede não contestou os deputados, nem retificou sua publicação.
REAÇÕES PÚBLICAS DOS MINISTROS DO STF
O ministro Gilmar Mendes reagiu publicamente nesta quinta-feira (23/11) contra a aprovação pelo Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes do tribunal.
“Estranha prioridade, chega a ser cômico. STF não admite intimidações. É preciso altivez para rechaçar esse tipo de ameaça de maneira muito clara. Esta Casa não é composta por covardes. Esta Casa não é composta por medrosos”, disse o ministro.
Além de Mendes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também criticou a medida. De acordo com Barroso, “não se sacrificam instituições no altar das conveniências políticas”.
“Nesse momento em que o Supremo Tribunal Federal é alvo de propostas de mudanças legislativas que, na visão da Corte, não são necessárias e não contribuem para a institucionalidade do país”, completou posteriormente.
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