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Morre Washington Rodrigues, o Apolinho

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Morreu nesta quarta-feira (15/05), no Rio de Janeiro o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho. Washington estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca, no Rio. Apolinho tinha 87 anos e lutava contra um câncer.

Desde 1999, Washington apresentava de segunda a sexta-feira o seu programa “Show do Apolinho”, na Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro. Além disso, era o principal comentarista de futebol da emissora carioca.

VIDA E CARREIRA DE WASHINGTON RODRIGUES

Também conhecido como Apolinho ou Velho Apolo, Washington Carlos Nunes Rodrigues era radialista, repórter e jornalista esportivo. Nasceu no Rio em 1º de setembro de 1936, onde também construiu uma trajetória marcante na mídia e no mundo esportivo.

Apolinho começou sua carreira na Rádio Guanabara e posteriormente trabalhou em todas as grandes emissoras de rádio da cidade. Sua imparcialidade nos comentários o tornou um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro grandes torcidas cariocas. Ele ganhou notoriedade por sua atuação nas transmissões esportivas e se tornou uma figura carismática e querida por todos na mídia.

Seu apelido, Apolinho, surgiu quando ele utilizava um microfone sem fio semelhante ao dos astronautas da Missão Apollo 11, em 1969. O narrador Waldir Amaral costumava dizer: “Lá vai Washington Rodrigues com o seu Apolinho”, e o termo pegou, sendo adotado por colegas de profissão e pelo público em geral.

Depois que deixou as reportagens nos gramados, subiu para a cabine de rádio onde construiu uma parceria com o locutor José Carlos Araujo, o Garotinho. Desde então, Apolinho tornou-se “o comentarista mais ouvido do Brasil”, com sua análise lúcida e justa das partidas.

Além de sua atuação como radialista, Apolinho também se aventurou diretamente no futebol. Ele teve duas passagens pelo Flamengo, seu clube de coração.

Em 1995, como treinador, e em 1998, como diretor de futebol. Sobre essa experiência, ele comentou: “Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar, eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou”.

BORDÕES

Além de suas contribuições no esporte, Apolinho é o criador de inúmeros bordões e gírias populares, como “Chocolate” (que indica uma goleada), “estopa” (que indica bola dentro do gol), “Geraldinos e Arquibaldos”, “Mais feliz do que pinto no lixo”, “Capinar sentado”, “Ô, rapaz”, “Briga de cachorro grande”, entre outros.

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