O dono da rede social X (ex-Twitter), Elon Musk, anunciou nesta sexta-feira (18/08) na própria plataforma sua intenção de excluir a função de bloqueio de usuários. Se acaso a medida se concretizar, os usuários não poderão mais impedir que outros usuários, indesejados, vejam suas publicações.
O “block (bloquear) será uma função excluída, exceto pelas DMs“, disse Musk. No entanto, ele deixou claro que a função de bloqueio ficaria mantida para não receber DMs (mensagens diretas, o “inbox” da plataforma).
O bloqueio de usuários existia com o intuito de resguardar a privacidade das pessoas em relação àqueles que elas não desejassem ter interação.
A ferramenta de silenciar contas no Twitter, conhecida como “Mute”, também permanecerá. Entretanto, essa função apenas faz com que perfis não apareçam na linha do tempo. Ou seja, as pessoas silenciadas ainda podem ver tweets, seguir e responder quem ativou o recurso (a notificação e o texto de resposta não aparecem, no entanto).
DECISÃO PODE TRAZER PROBLEMAS PARA A PLATAFORMA
No entanto, a publicação de Musk recebeu um anexo feito pelos usuários da rede social com um alerta sobre como a decisão pode prejudicar o aplicativo.
“Se a ferramenta de bloquear usuários fosse removida, X estaria em violação das políticas da App Store (da Apple), assim como da Play Store do Google. Potencialmente, isso poderia fazer com que o X fosse removido dessas plataformas“, diz um contexto adicionado pelos usuários que aparece junto do post do empresário. “Não há políticas do tipo para o aplicativo para navegadores, no entanto”, completa o aviso.
Ou seja, a função de bloqueio poderia funcionar nos navegadores. No entanto, por aplicativo essa função permaneceria, sob pena de ser excluída da loja da Apple e do Android.
Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em outubro do ano passado (R$ 231,8 bilhões, na cotação do mesmo período). Recentemente renomeou a plataforma como X. Após a aquisição, o dono da Tesla já implementou diversas mudanças para preservar a liberdade de expressão.
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