Protagonista de um dos escândalos do primeiro governo de Lula da Silva (PT), os Correios foram retirados de programas de privatização nessa quinta-feira (06/04). O retrocesso no processo de desestatização foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
Outras empresas saíram do Programa Nacional de Desestatização (PND), algumas com o processo bem encaminhado durante o governo de Jair Bolsonaro. Além da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) o petista retirou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC); a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev); a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep); o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (ABGF) e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A. (Ceitec).
Houve ainda a retirada de três empresas do Programa de Parcerias de Investimentos. Deixam o programa os armazéns e imóveis de domínio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras).
Todas entraram nos programas durante o governo Bolsonaro. Em 1º de janeiro, em sua posse, Lula da Silva assinou um despacho ordenando a revogação de processos de privatização de oito estatais, entre elas a Petrobras e os Correios.
O Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos recomendou nesta semana que o Planalto retirasse os Correios e a Telebras do PND. O Ministério das Comunicações alegou que o objetivo é “reforçar o papel destas empresas na oferta de cidadania e ampliar ainda mais os investimentos”.