Rebatizado como ”Grupo de Puebla”, o Foro de S. Paulo promove evento na Universidade do Estado do RJ (UERJ) nesta terça e quarta (29 e 30/03).
Intitulado “Encontro Internacional Democracia e Igualdade”, acontece no Teatro Odylo Costa, filho e na Concha Acústica Marielle Franco, campus Maracanã da universidade fluminense.
Os organizadores afirmam se tratar de “uma oportunidade de reflexão, formação e debate sobre os principais desafios na construção de um modelo solidário de desenvolvimento”. A velha ladainha que é substituída, uma vez no poder, por aparelhamento e corrupção.
Participam nesta terça-feira do encontro Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante, a vice-presidente do governo socialista da Espanha, Yolanda Díaz, e Ricardo Lodi, que foi advogado da petista no processo de impeachment.
Lula da Silva deve participar nesta quarta-feira.
O QUE É O FORO DE SÃO PAULO/GRUPO DE PUEBLA
O ”Foro de São Paulo” teve seu nome mudado para ”Grupo de Puebla” após denúncias do professor e filósofo Olavo de Carvalho – morto em janeiro deste ano – às quais se seguiram alguns trabalhos como a obra de Graça Salgueiro “O Foro de São Paulo – A mais perigosa organização revolucionária das Américas”.
Olavo de Carvalho descrevia em 2007 o ”Foro de São Paulo” como “a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dela participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”.
Durante cerca de duas décadas, a imprensa e a oposição tucana esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo. Contra quem denunciava usavam chavões como ”teóricos da conspiração”. Quando a organização não poderia ser mais escondida ou tratada como coisa séria, foi decidida a alteração do nome para Grupo de Puebla, de modo a confundir os opositores.