A candidata do MDB, Simone Tebet, foi a presidenciável entrevistada nesta sexta-feira (24/08) pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos do Jornal Nacional. Após três entrevistas que envergonharam o jornalismo brasileiro nesta semana, os entrevistadores conseguiram fazer uma sabatina equilibrada e técnica.
Apesar de não ter índice de intenções de votos relevante, Tebet foi convidada pelo Jornal Nacional mais para completar a semana de entrevistas.
A entrevistada se saiu bem, foi respeitada, embora os entrevistadores tenham feito os contrapontos necessários. Mas respondeu bem, foi propositiva e clara nas suas propostas. A rigor foi a primeira e única entrevista da semana.
Tebet apresentou-se como sendo uma candidata com uma agenda liberal na economia. Apontou propostas para a assistência social. Seu discurso foi muito assemelhado ao dos tucanos em eleições anteriores.
Na segunda-feira, contra Bolsonaro, os apresentadores fizeram ataques como oposicionistas. Foi um embate entre o principal partido de oposição – a TV Globo – e o chefe de governo.
Na terça e quinta-feiras, Ciro Gomes e Lula tiveram uma oportunidade para fazer propaganda eleitoral gratuita, com muita liberdade para falar, sem resistência dos entrevistadores. Com Lula, chegou-se ao extremo de os apresentadores criarem as oportunidades para o petista se defender a si e a seu partido em temas polêmicos.
Para os alunos de jornalismo, hoje foi a única oportunidade de aprender como fazer uma boa entrevista de um presidenciável assistindo o Jornal Nacional. Nas três anteriores, tivemos páginas infelizes na história da comunicação do Brasil.
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Este é o nosso editorial desta sexta-feira, 26 de agosto de 2022.
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