Um dos grandes nomes da literatura brasileira, Affonso Romano de Sant’Anna (foto) faleceu nesta terça-feira, 4 de março de 2025, aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 27 de março de 1937, ele deixa um legado literário vasto e profundo, com mais de 60 obras publicadas, incluindo poesias, crônicas e ensaios.
Romano foi um poeta de vanguarda, crítico literário e professor, tendo lecionado em instituições renomadas no Brasil e no exterior, como a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e universidades nos Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Portugal e França. Sua tese de doutorado, “Drummond, um gauche no tempo”, é uma análise seminal da obra de Carlos Drummond de Andrade.
Entre suas obras mais marcantes estão Que País é Este? (1980), Intervalo Amoroso (1998), Tempo de Delicadeza (2007) e Como Andar no Labirinto (2012). Sua escrita, marcada por uma linguagem crítica e reflexiva, explorou temas como identidade, cultura e história, sempre dialogando com os desafios sociais e políticos do Brasil.
Além de escritor, Affonso Romano de Sant’Anna foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional na década de 1990, onde implementou o Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que permanece em vigor até hoje. Ele também foi cronista de jornais como Jornal do Brasil, O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense.
Viúvo da escritora Marina Colasanti (foto), que faleceu em janeiro deste ano, Affonso tinha Alzheimer. Ele deixa três filhas e uma vasta obra.