O petista Lula da Silva nomeou o carcereiro do período em que esteve na cadeia entre 2018 e 2019 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Paulo Rocha Gonçalves Junior trabalhará com o petista em Brasília (DF). Paulão, como Lula costuma chamá-lo, foi requisitado para atuar na Presidência da República.
Paulão acompanhou o preso entre abril de 2018 e novembro de 2019, enquanto ele esteve na carceragem da PF em Curitiba. Lula foi preso no âmbito da operação Lava Jato, após condenação por corrupção. O então condenado e seu carcereiro tornaram-se amigos.
Durante o tempo em que esteve na cadeia, Lula perdeu o irmão, Genival e, em seguida, um neto de 7 anos, Arthur. “Foi no meu ombro que ele chorou depois de saber da morte do neto”, disse o carcereiro à imprensa em 2022.
“Com a morte do irmão mais velho, o Lula ficou muito triste, mas o irmão tinha alguma idade, problemas de saúde, já a morte do neto ele sentiu como antinatural, como inesperada, foi o pior momento, sem dúvida, daqueles 580 dias”, revelou o agente federal.
Em Curitiba, Paulo Rocha era o subchefe do núcleo de operações da carceragem da PF. Ele era o responsável pela abertura da cela de Lula às 8h, e pelo fechamento às 17h. Além disso, Paulo conduzia as visitas recebidas pelo presidente às quintas-feiras, servia as refeições e acompanhava Lula ao local onde tomava banho de sol.
Em entrevista em 2022, Paulão contou um pouco da rotina com o preso. “Conversávamos muito todos os dias, sobretudo nos finais de semana, quando ele não podia receber visitas, falávamos de política – ele na cela já tinha muita confiança de que disputaria a próxima eleição e voltaria ao Planalto”, disse o ex-carcereiro.
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