O petista Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (1ª/06) a indicação de seu advogado, Cristiano Zanin (foto), para o cargo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin atuou como defensor pessoal do presidente nos casos de corrupção da operação Lava Jato.

Ele foi indicado para a vaga aberta com a saída de Ricardo Lewandowski, que se aposentou no final de março.

A informação foi antecipada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mais cedo. Lula a confirmou durante entrevista coletiva ao lado presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, em Brasília.

“Todo mundo esperava que eu fosse indicar o [Cristiano] Zanin, não só pelo papel que ele teve na minha defesa, mas, simplesmente, porque eu acho que o Zanin se transformará em um grande ministro da Suprema Corte deste país”, disse o petista.

Oficializada a indicação, inicia-se um rito no Senado Federal: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deve agendar uma sabatina com Zanin, em uma data de escolha exclusiva do presidente da comissão, Davi Alcolumbre (UNIÃO/AP), com quem Lula se encontrará ainda hoje.

Depois da sabatina na CCJ, o nome tem de ser aprovado com maioria simples de 41 votos no plenário do Senado. Com isso, caberá ao STF marcar a data da investidura no cargo.

Aos 47 anos, Zanin se notabilizou como civilista, desde sua graduação em direito pela PUC de São Paulo, em 1999. Em 2004, Zanin se tornou sócio do escritório Teixeira Martins Advogados, no qual se manteve até o ano passado. O caso que lhe deu fama e a cadeira na Suprema Corte foi a defesa de Lula na operação Lava Jato, onde o presidente foi condenado nos casos do triplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP).