As diferenças entre o bolsonarismo e o petismo são bastante conhecidas, mas nos últimos dias um novo tema serviu para ilustrar isso. Enquanto o Governo Lula tem buscado ampliar a arrecadação com aumento de taxações e o fim de isenções criadas por Bolsonaro, inclusive sobre a gasolina, a política econômica do ex-presidente buscava alcançar melhores resultados na arrecadação cortando impostos.
O caminho percorrido pela dupla Bolsonaro/Paulo Guedes mostrou resultado, confirmando um postulado da teoria econômica, a chamada Curva de Laffer. Em resumo, essa tese indica que aumentar a taxação aumenta a arrecadação até certo ponto, mas a partir dele começa a sufocar a economia e provoca a diminuição das receitas tributárias.
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Com menos cobranças de impostos há mais negócios, mais investimentos e, consequentemente, mais fatos geradores de impostos, o que leva ao incremento da arrecadação.
Lula vai pelo caminho contrário de Bolsonaro. Seu ministro da Fazenda, que já está na boca do povo com o nome alterado para Fernando “Taxad”, no lugar do sobrenome Haddad, tem apostado em sufocar a economia para sugar da sociedade o máximo de recursos possíveis. É óbvio que vai dar errado.
Um exemplo claro e didático da diferença entre petismo e bolsonarismo é o caso do limite das compras isentas de imposto de importação em envios de pessoa física para pessoa física. Bolsonaro pretendia ampliar a faixa de isenção de 50 para 100 dólares, mas seu governo foi substituído pelo de Lula, que quer o fim dessa isenção e tem endurecido a vida daqueles que compram de lojas virtuais como Shein, Shopee e AliExpress.
Com o anúncio da eleição de Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Governo Bolsonaro abandonou o projeto de ampliar a isenção da taxa para compras até 100 dólares, dada a proximidade do fim do mandato.
A decisão da dupla Lula/Haddad de onerar as compras intermediadas por sites internacionais afetará muitos chefes de família que encontraram na compra e venda de importados da China um meio de driblar o desemprego e gerar renda. A medida também restringe o acesso da população mais humilde a certos bens de consumo que não conseguiria ter por outros meios.
Mais uma vez, conforme ocorre desde o início de seu mandato, o Governo Lula manda a conta para o andar de baixo, como já fizera com os cortes no Bolsa Família, com o aumento dos combustíveis, dentre outras medidas.
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