O The New York Times recentemente lançou luz sobre as atividades de influência internacional da ditadura chinesa. De acordo com a reportagem do renomado jornal, a China comunista estabeleceu uma intrincada rede de financiamento de mídia em diversos países, com uma estrutura organizada em vigor. Um dos focos dessa rede foi identificado no Brasil, em um site esquerdista.
A investigação conduzida pelo jornal americano destaca a atuação proeminente de Neville Roy Singham, um empresário de origem indiana com laços estreitos com o Partido Comunista Chinês. Residindo em Xangai, Singham está envolvido na produção de vários conteúdos, incluindo um programa no YouTube, financiado pela esfera comunista.
Esse empresário, de acordo com a reportagem, lidera uma guerra cultural e midiática sutil, porém significativa. O objetivo do Partido Comunista Chinês é influenciar a opinião pública internacional de maneira discreta, mas eficaz.
No centro dessa rede está o financiamento de uma série de organizações cujo propósito é disseminar propaganda ou desinformação em prol da ditadura chinesa. Entre essas entidades, o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social se destaca. Ele se autodenomina como uma instituição internacional que serve de ponte entre a produção acadêmica e os movimentos políticos e sociais globais. O instituto, que faz referência a Karl Marx e Antonio Gramsci, opera em países como Brasil, Índia, Argentina e África. Surpreendentemente, o material do instituto não faz menção à China, apesar de suas operações estarrem enraizadas nesse país. Notavelmente, o conselho consultivo carece de representantes chineses.
SITE ESQUERDISTA DO BRASIL É FINANCIADO
Na mira da reportagem do The New York Times está também um veículo midiático brasileiro que é financiado pela rede de Singham: o jornal Brasil de Fato, caracterizado por suas inclinações extremistas de esquerda. O Brasil de Fato exerce considerável influência entre as correntes progressistas do país, alcançando uma ampla audiência. Em 2019, o jornal entrevistou Luiz Inácio Lula da Silva enquanto estava na prisão, com o vídeo da entrevista acumulando mais de 700 mil visualizações no YouTube.
A plataforma de vídeos também hospeda o programa “Notícias da China,” que adota uma abordagem pró-chinesa nos acontecimentos. Marco Fernandes é responsável pela apresentação do conteúdo. Este conjunto de atividades levanta questões sobre a independência editorial e as influências externas na mídia brasileira.
Essas revelações do The New York Times destacam a crescente importância das redes de influência internacional e propaganda promovidas por regimes autoritários, bem como a necessidade contínua de avaliar criticamente as fontes de informações nas mídias globais.
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