Nesta sexta-feira (1º/09), a Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar suspeitas de corrupção. O foco é a aplicação de verbas federais da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). A prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão, Luanna Resende, irmã do ministro de Lula, das Comunicações, Juscelino Filho, está entre os alvos.
No total, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal. Além disso, outras medidas cautelares. Dentre elas, afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação de contratos com órgãos públicos, e ordens de indisponibilidade de bens.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a PF solicitou buscas contra o ministro de Lula, mas o pedido foi negado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. No entanto, o magistrado autorizou o afastamento de Luanna da prefeitura de Vitorino Freire.
OPERAÇÃO BENESSE
A operação, chamada de Benesse, investiga as obras realizadas pela construtora Construservice, com recursos oriundos de emendas parlamentares da Codevasf. De acordo com o jornal, cerca de R$ 42 milhões em emendas indicadas pelo ministro foram para contratos com empreiteiras suspeitas de envolvimento em irregularidades. Desse montante, R$ 19,3 milhões foram empenhados em obras da Construservice em municípios do Maranhão.
A investigação teve início em 2021, com a primeira fase ostensiva deflagrada em julho de 2022 (Operação Odoacro). Posteriormente, em outubro do mesmo anoc ocorreu a segunda fase (Odoacro II).
“A presente fase alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense“, afirmou a PF.
Caso se confirmem as suspeitas, os investigados podem responder por fraude a licitação, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.
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