
Terça-feira é dia do já tradicional “recorde de mortes nas últimas 24 horas”. A farsa foi preparada mais uma vez com uma sequência de três dias de subnotificações. Até o final do dia a grande imprensa fará manchetes catastróficas sobre o número escolhido pelos contabilistas da morte, ilustradas por fotos e vídeos de cemitérios e enterros.
Na semana passada, o Nova Iguaçu 24h explicou como é produzida a farsa. Muitas mortes não são contabilizadas no sábado, domingo e na segunda-feira e acumuladas para dar um número alto na terça-feira e nos dias seguintes. O recorde recorrente e habitual, sempre no mesmo dia da semana, é uma das muitas afrontas à inteligência que se viu nessa pandemia.
Há mortes por COVID-19, indiscutivelmente. Muitas, inclusive. Mas isso não justifica uma vil exploração da tragédia de famílias que perderam parentes para a COVID-19 e para outras doenças, muitas vezes substituídas por COVID-19 na contabilidade macabra.
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