Um dos principais compositores da MPB no século XX, Carlos Lyra morreu na madrugada deste sábado (16/12). Ele tinha 90 anos e foi um ícone da bossa nova. Sua esposa, Magda, confirmou a informação à imprensa.
Lyra foi autor de composições como “Maria Ninguém” e “Lobo Bobo”, clássicos na voz de João Gilberto.
Carlos Lyra estava internado desde quinta-feira (14/12) no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, com quadro febril. Posteriormente, na sexta-feira (15/12), uma infecção agravou o seu estado de saúde. A família não informou a causa da morte. O compositor será cremado, mas ainda não há data do velório.
Carioca, nascido em 1933, Carlinhos Lyra começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade. Na adolescência conheceu o compositor Roberto Menescal, que também viria a ser um dos grandes nomes da bossa nova. Juntos, criaram a Academia de Violão, uma espécie de academia musical. Por ela passaram nomes como Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros.
Além disso, foi um dos principais parceiros de Vinicius de Moraes e é autor de composições que ajudaram a formar a bossa nova, como “Você e Eu” e “Coisa Mais Linda”. A primeira composição de Lyra foi “Menino”, gravada na voz de Sylvia Telles, em 1956. Em 1959, ele lança seu primeiro álbum, intitulado “Bossa nova”. No mesmo ano, João Gilberto grava “Maria ninguém” e “Lobo bobo”, da parceria de Lyra com Ronaldo Bôscoli.
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