Um total de 427.934 empresas desapareceram da economia brasileira no primeiro semestre de 2023. Tratam-se de micro, pequenas, médias e grandes empresas que fecharam as portas nos primeiros seis meses deste ano.
Este é o saldo negativo entre empresas abertas e fechadas no país, excluindo da conta os Microempreendedores Individuais (MEIs).
O levantamento foi feito e cedido pela Contabilizei, com base em registros do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJs), da Receita Federal, e divulgado pelo site G1.
A pior situação é na indústria, proporcionalmente ao peso do setor na economia. Fecharam-se três vezes mais empresas do que abertas no 2º trimestre deste ano, por exemplo. No período, abriram-se 7.810 empresas industriais, mas 25.151 encerraram as atividades.
Em números absolutos, contudo, o comércio tem o pior desempenho. Fecharam as portas 129.515 empresas no 2º trimestre de 2023, contra 61.685 aberturas. Dessa forma, duas empresas fecharam para cada uma que abriu.
No setor de serviços, em comparação, fecharam 196.651 empresas e abriram outras 133.836 no 2º trimestre deste ano. Com isso, na relação percentual, 1,5 empresa fechou para cada uma que abriu.
EXCLUSÃO DOS MEIs DO LEVANTAMENTO
A exclusão dos CNPJs de Microempreendedores Individuais (MEIs) do levantamento se deu porque a dinâmica de um MEI é bastante diferente de uma empresa formada.
Há uma grande diferença no nível de comprometimento daquele CNPJ em cada um dos casos. Primeiro porque a abertura de um MEI é bastante facilitada e as taxas de manutenção são relativamente baratas.
Além disso, mesmo em caso de inadimplência por parte do MEI, as consequências são brandas, com multas pequenas sobre a contribuição mensal.
Já ao formatar uma Microempresa (ME) são necessários mais passos burocráticos, mais documentos apresentados e a contratação de um contador.
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