Uma mãe de 20 anos foi presa na manhã desta segunda-feira (16/01), na cidade de Queimados (RJ, acusada de esconder crime de estupro cometido por seu companheiro contra a própria filha do casal. A vítima tem apenas 3 anos de idade.
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O estupro ocorreu em outubro do ano passado, quando as investigações tiveram início da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Nova Iguaçu, onde o crime foi cometido.
A investigação começou a atuar no caso a partir de uma denúncia de que uma criança estava internada em estado grave em um hospital da região e funcionários da unidade suspeitavam de estupro. A equipe comandada pela delegada Mônica Areal reuniu indícios de que o pai fora o autor do crime com conivência da própria mãe.
Porém, apenas o mandado de prisão contra o homem havia sido expedido pela Justiça até dezembro. O elemento foi preso no dia 20 daquele mês.
De acordo com a delegada, as investigações foi possível conseguiram mais informações sobre a participação da mãe da criança. Ela passou a ser investigada após mudar sobre a sua versão do crime e os agentes descobrirem que ela havia informado ao companheiro que o estupro havia sido descoberto e que ele deveria fugir.
“No Direito, nós temos a figura do agente garantidor. Nesse caso, a mãe tem a obrigação de zelar pelo bem-estar da sua filha e, já que teve conhecimento do crime, deveria ter agido para impedir que os abusos prosseguissem. Como ela acobertou os abusos, inclusive mentindo para a polícia e retardando as investigações, deve responder também pelo crime de estupro de vulnerável, estando sujeita às mesmas penas que também cabem ao executor do crime“, disse a delegada.
O tio da vítima, irmão da mãe, prestou depoimento na delegacia, e relatou aos policiais que a irmã sabia dos abusos cometidos contra a filha e acobertava o companheiro. Ele também contou ter ouvido uma conversa, por telefone, entre ela e o companheiro, em que ela o pedia que ele “a tirasse da confusão“.
Ela foi presa por volta de 9:00h desta segunda-feira, em casa. Ela e o companheiro já tiveram os mandados de prisão temporária convertidos em prisão preventiva. A criança vítima teve alta médica em dezembro, após de cerca de dois meses internada em estado grave. Ela foi entregue para uma família acolhedora.