O jornal The New York Times publicou nesta segunda-feira (25/03) que Jair Bolsonaro (PL) permaneceu por dois dias na Embaixada da Hungria no Brasil. O episódio teria ocorrido quatro dias após a Polícia Federal confiscar o seu passaporte, em 8 de fevereiro deste ano.
Registros que seriam de câmeras de segurança (foto) da embaixada, de acordo com o jornal norte-americano, mostram que Bolsonaro esteve no local. Dois seguranças e a equipe do embaixador Miklos Tamás Halmai o acompanhavam.
“Bolsonaro, alvo de diversas investigações criminais, não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolhe, porque estão legalmente fora do alcance das autoridades nacionais”, pontua o jornal norte-americano ao citar que a presença do ex-presidente na Embaixada sugeria que ele estava tentando alavancar a amizade com o primeiro-ministro Viktor Orbán, em uma “tentativa de escapar do sistema de justiça brasileiro enquanto enfrenta investigações criminais”, disse o jornal americano.
“O Times analisou imagens de três dias de quatro câmeras na Embaixada da Hungria, mostrando que Bolsonaro chegou na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e partiu na tarde de quarta-feira, 14 de fevereiro”, completa o The New York Times.
“UM IRMÃO”
Em 2022, durante viagem a Budapeste (foto abaixo), Bolsonaro disse que considerava Viktor Orbán, “um irmão, dada a afinidade que temos na defesa dos nossos povos”. Na ocasião, o ex-presidente disse que Brasil e Hungria compartilhavam dos mesmos valores: “Deus, pátria, família e liberdade”.
A publicação ainda precisa de confirmação, pois o jornal The New York Times tem um viés de esquerda. Contudo, nem a Embaixada da Hungria no Brasil, nem Bolsonaro ou sua assessoria comentaram a publicação.