Invasão do Capitólio: líder é condenado a 22 anos

Invasão do Capitólio: líder dos Proud Boys, Enrique Tarrio, é condenado a 22 anos
Foto: Reprodução.

Um cidadão dos EUA, ex-líder do grupo Proud Boys, foi preso para cumprir pena de 22 anos. A acusação contra ele foi de orquestrar a invasão do Capitólio dos EUA, o Congresso americano, em 06 de janeiro de 2021. É a sentença mais longa até agora para um participante da invasão à sede do Legislativo.

Henry “Enrique” Tarrio (foto), de 39 anos, foi condenado em maio por conspiração sediciosa, uma acusação da época da Guerra Civil dos EUA e outras acusações. Contudo, ele não estava em Washington durante a invasão, mas foi acusado de organizar o envolvimento de seu grupo.

Mais de 1.100 pessoas foram presas sob acusações de motim no Capitólio.

PEDIDO DE DESCULPAS

Mais cedo, antes de saber seu destino, Tarrio pediu desculpas à polícia e aos residentes de Washington DC por seu papel no evento.

No momento da invasão do Capitólio, os congressistas se reuniam para homologar a vitória eleitoral do candidato democrata, Joe Biden.

Estou extremamente envergonhado e desapontado por terem causado tristeza e sofrimento”, disse ele ao tribunal federal de Washington. “Terei que conviver com essa vergonha pelo resto da minha vida”.

Reconhecendo que Trump perdeu as eleições presidenciais de Novembro de 2020, Tarrio disse: “Não sou um fanático político. Infligir danos ou alterar os resultados das eleições não era o meu objetivo. Nunca pensei que fosse possível mudar o resultado da eleição”.

Seu advogado argumentou que Tarrio era um “ninja do teclado” que costumava “falar besteiras“, mas não tinha intenção de derrubar o governo.

Meu cliente não é terrorista”, disse seu advogado, Sabino Jauregui. “Meu cliente é um cidadão que se equivocou”.

Contudo, o juiz distrital dos EUA, Timothy Kelly, indicado por Trump, observou que Tarrio, em muitas ocasiões anteriores, não expressou remorso pelas suas ações.

“Conspiração sediciosa é um crime grave”, disse o juiz Kelly. “O senhor Tarrio foi o líder máximo dessa conspiração”. Os promotores classificaram suas ações como “um ato calculado de terrorismo”.

Tarrio permaneceu em silêncio enquanto o juiz determinava a pena. Ao sair do tribunal, Tarrio acenou para seus familiares na galeria pública e fez um sinal de paz. Seus advogados disseram que ele planeja recorrer.

MENSAGENS DE TARRIO INCITARAM INVASÃO

Após as eleições de 2020, Tarrio e outros Proud Boys postaram mensagens ameaçadoras online, alertando sobre violência e agitação caso o então presidente dos EUA, Donald Trump, deixasse o cargo.

Naquele mês, Tarrio respondeu a uma postagem online do agora presidente Joe Biden, escrevendo: “VOCÊ precisa se lembrar que o povo americano está em guerra com VOCÊ. Sem Trump… Sem paz”.

Tarrio, que se descreveu como afro-cubano, foi parado pela polícia dois dias antes do motim no Capitólio dos EUA, ao entrar em Washington DC.

Na ocasião, a polícia o prendeu sob a acusação de queimar uma faixa do Black Lives Matter tirada de uma igreja afro-americana na cidade cerca de três semanas antes.

Tarrio também portava um carregador de munição de alta capacidade, o que é ilegal segundo as leis de armas da cidade. Ele foi libertado sob fiança e obrigado a deixar a capital nacional. No dia do motim, ele estava em Baltimore.

Enquanto os apoiadores de Trump sitiavam o complexo do Congresso, Tarrio publicou online que estava “gostando do espectáculo”. E completou: “Façam o que deve ser feito”.

OUTRAS CONDENAÇÕES

A audiência desta terça-feira (05/09) foi a última de uma série de audiências de condenação dos líderes da invasão do Capitólio.

Até então, as sentenças mais longas foram as penas de 18 anos proferidas na semana passada a outro Proud Boy, Ethan Nordean, e em maio a Stewart Rhodes, fundador do grupo Oath Keepers.

Além disso, outros Proud Boys receberam sentenças de prisão na semana passada por seus papéis nos distúrbios do Capitólio.

E, por fim, os ex-fuzileiros navais dos EUA Dominic Pezzola e Zachary Rehl receberam 10 e 15 anos, respectivamente. Joe Biggs, um veterano do Exército dos EUA, pegou 17 anos.

Trump prometeu perdoar a maioria ou todos os manifestantes se for eleito presidente em 2024.

As acusações contra os manifestantes do Capitólio dos EUA têm variado – desde crimes relativamente menores, como entrar numa área restrita, até destruição de propriedade governamental, agressão e conspiração. Cerca de 200 se declararam culpados de acusações criminais.

A investigação ainda está em andamento. Ademais, o FBI ainda está tentando localizar 14 manifestantes capturados em vídeo agredindo policiais ou membros da mídia.

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