A Região Centro-Oeste do Brasil deve registrar epidemia de dengue em 2024 de acordo com previsão divulgada nesta sexta-feira (08/12). A informação é do próprio Governo Lula, através do Ministério da Saúde.
“Temos muitas pessoas que, por uma situação menor, não tiveram a doença – principalmente crianças e idosos. São os grupos que mais nos preocupam”, avaliou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel (à esquerda, na foto).
Outro alerta da pasta vale para a Região Sudeste, sobretudo para os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde há potencial epidêmico para a dengue em 2024. No Sul, classificou-se o Paraná como estado com potencial muito alto para casos de dengue e, no Nordeste, os casos devem aumentar, mas abaixo do limiar epidêmico. “Vamos seguir monitorando”, disse a secretária.
MOSQUITO
Dados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) indicam que 1.506 de um total de 4.976 municípios analisados têm classificação de alerta para infestação do mosquito – o equivalente a 30,2%. Além disso, 189 municípios ou 3,7% têm classificação ainda mais alta, de risco. O restante (3.281 ou 65,9%) obteve classificação satisfatória.
Os números mostram também que, em 2023, 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios. Exemplos são vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral. Além disso, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados e canos, por exemplo) também são focos relevantes.
Ainda de acordo com o levantamento, depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço, cacimba, cisterna) aparecem como segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo respondem por 3,2%.
O método da pesquisa foi o da amostragem de imóveis e criadouros com água positivos para larvas de Aedes aegypti no âmbito municipal. Os estados consolidam os dados dos municípios e encaminham ao ministério.
GOVERNO NÃO COMPROU VACINA
No início de julho deste ano, o Governo Lula informou que não tinha pressa para adquirir a vacina contra a dengue. O fármaco é produzido na China, pelo laboratório Takeda, e tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), desde março.
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Com informações e foto da EBC.
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