Uma grande coincidência e uma história mal contada. É o mínimo que se pode dizer da denúncia publicada pelo Grupo Globo nos seus meios contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rogério Caboclo.
A coincidência fica por conta da notícia surgir exatamente no momento em que Caboclo contraria os interesses do Grupo Globo ao apoiar a realização da Copa América no Brasil.
Os direitos de transmissão da competição pertencem ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e a realização da competição no país é apoiada pelo presidente Bolsonaro, inimigo declarado da emissora.
O que causa estranhamento é que a denúncia de assédio sexual da funcionária não foi feita em ação trabalhista ou em delegacia de polícia, mas no Conselho de Ética da própria CBF.
A acusação da funcionária pode ser verdadeira, mas além da presunção de inocência ser um direito do acusado até conclusão de um eventual processo, o local da denúncia e o momento em que ela surge causam bastante estranheza.
Após a publicação do Grupo Globo, outros grupos de comunicação também publicaram a denúncia.