O médico popstar, Drauzio Varella, e a Rede Globo foram condenados, em primeira instância, a pagar 150 mil reais para o pai de um menino de 9 anos morto pelo detento transsexual Suzy de Oliveira.
A juíza Regina de Oliveira Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou ação do pai da vítima, que pedia indenização por dano moral. Por ser decisão de primeira instância, os réus podem recorrer.
Suzy foi tema de uma reportagem do médico, veiculada pelo programa Fantástico em março do ano passado. Nas imagens, Varela abraça Suzy, condenado por matar e estuprar o filho do autor da ação em 2010.
Na ação, o autor da ação diz que, após a reportagem que sofreu novo abalo psicológico ao reviver os fatos com o autor do crime sendo incensado pelo médico global.
A magistrada entendeu que a matéria foi negligente, ao não ter tido o “discernimento de procurar conhecer os crimes cometidos por seus entrevistados”, e que o conteúdo causou “desassossego do autor e situação aflitiva com implicação psíquica”.
“Qualquer expectador foi induzido erroneamente a acreditar que os entrevistados seriam meras vítimas sociais, devendo ser ressaltado que, mesmo se tratando os entrevistados de autores de crimes contra o patrimônio e sua sexualidade, não implicaria em serem assim tratados, já que perniciosos à sociedade como um todo”, sentenciou a juíza.
Nenhum dos condenados se manifestou sobre a decisão.