A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil tem reagido fortemente contra o deputado Frederico D’Ávila (PSL/SP) que se excedeu na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 14 de outubro, ofendendo gravemente o Papa Francisco e parte do clero. D’Ávila chamou o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, de “vagabundo” e “safado” e estendeu as ofensas ao papa Francisco. Ele também disse que a CNBB era um “câncer que precisa ser extirpado“.

Nesta segunda-feira (18/10) Frederico D’Ávila emitiu nota em que pediu desculpas pelos excessos cometidos no seu discurso: “Não tive a intenção de desrespeitar o Papa Francisco, líder sacrossanto e chefe de Estado, minha fala foi no sentido de divergir sobre ideias e posicionamentos, tão só. Inserir o Papa em minha fala foi um erro, pelo qual humildemente peço desculpas a todos os católicos do Brasil e do mundo, pois não considerei a figura espiritual que ele representa“, diz trecho da nota.

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

A Conferência dos Bispos, porém, parece ter padrões diferentes de reação conforme a orientação política do ofensor. Em janeiro de 2012, o então deputado e ex-BBB, Jean Wyllys (hoje no PT, então no PSOL/RJ), xingou de nazista e genocida o Santo Padre Bento XVI, ocupante da Cátedra de São Pedro na ocasião.

O deputado socialista escreveu artigo no Jornal do Brasil na ocasião dizendo que Bento XVI era “suspeito e acusado de ser simpático ao nazismo“. O deputado também chamou o Bento XVI de “genocida em potencial” na rede social Twitter.

Apesar do silêncio da CNBB, do clero e da imprensa após as ofensas de Wyllys, alguns católicos reagiram e pediram providências através de uma petição pública, porém, não conseguiram qualquer reação em defesa de Bento XVI.

Para quem quiser saber mais da polêmica, clique aqui e veja a matéria do ACI Digital na ocasião.