O Presidente da República Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (15/05) que o novo Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida tem autonomia para mudar o comando da Petrobras, se quiser.
“O Sachsida e todos os ministros, desde o início, tem carta branca sem exceção. Obviamente, qualquer mexida vai conversar comigo. Mas confio 100% no Sachsida e tenho certeza de que ele será um bom ministro. Assim como o [ex-ministro] Bento [Albuquerque] foi. Mas, por uma questão pessoal, pediu para sair”, disse o presidente.
Com a saída do Almirante Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia, na semana passada, especula-se que a situação de José Mauro Coelho na presidência da Petrobras tenha ficado vulnerável. No Palácio do Planalto, há expectativa de que ele seja afastado.
A nomeação de Sachsida para o lugar de Bento Albuquerque é parte de um movimento comandado por Paulo Guedes e tem como alvo a política de preços da Petrobras.
OUTRAS MUDANÇAS ESPECULADAS
Há ainda uma especulação veiculada pelo jornal O Globo de que Jair Bolsonaro planeja outras mudanças na Petrobras. Três diretores da empresa estariam na mira do chefe do Executivo.
Seriam eles, os responsáveis pelo financeiro, pela tecnologia e pelas relações institucionais. Das três, apenas a diretoria financeira tem ligação com os preços dos combustíveis.
Um dos candidatos de Bolsonaro é o ex-diretor da Gol Paulo Palaia, que iria para a área de tecnologia.
Os nomes para as outras funções ainda não são conhecidos. A diretoria de relações institucionais, hoje comandada pelo economista do BC Rafael Chaves, administra a verba de comunicação da estatal, que foi de 100 milhões de reais, em média, nos últimos 3 anos. Já a financeira é comandada atualmente pro Rodrigo Araújo.
Na Petrobras, os diretores são indicados pelo presidente, mas devem ser aceitos pelo conselho de administração. O mandato é de dois anos, podendo haver até três reconduções.