Após votar pela condenação de um inocente à prisão, o ministro do STF, André Mendonça (foto), publicou no Twitter nesta quinta-feira (21/04) as suas justificativas para o injustificável. E a emenda ficou pior que o soneto, como diz o ditado popular.
Para tentar explicar seu voto favorável à condenação de Daniel Silveira, Mendonça afirmou que não poderia defender a incitação da violência e ameaças físicas. O “terrivelmente evangélico”, sacou da cartola a justificativa de que é cristão.
“Como cristão, não creio tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas; e, como jurista, a avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja. Há formas e formas de se fazerem as coisas. E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio. Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto”, disse Mendonça, sem explicar como um cristão pode achar justo condenar um inocente.
Quando um ministro do STF precisa defender seu voto no Twitter é porque o voto é absolutamente indefensável.
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Este é o nosso editorial desta quinta-feira, 21 de abril de 2022.