O locutor esportivo Silvio Luiz faleceu nesta quinta-feira aos 89 anos em São Paulo. O óbito decorreu de uma falência de múltiplos órgãos. Ainda não há ainda informações sobre velório e sepultamento.
Silvio deixa mulher e três filhos: Alexandre, Andréa e André. Ele era com a cantora Márcia desde 1989.
VIDA E CARREIRA DE SILVIO LUIZ
Nascido em 1934 na capital paulista, Silvio Luiz Peres Machado de Souza teve uma carreira influenciada pela irmã, a ex-atriz Verinha Dercy, que infelizmente foi vítima de feminicídio aos 32 anos. Silvio atuou ao lado da irmã em duas novelas, “Éramos Seis” e “Cela da Morte”.
Antes de se estabelecer como um dos principais locutores esportivos do Brasil, Silvio Luiz teve uma carreira como árbitro de futebol entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1970. Além disso, no campo do jornalismo, ele ocupou o cargo de diretor de programação da Rede Record e trabalhou em várias emissoras, incluindo as rádios Bandeirantes, Record, TV Excelsior, SBT e TV Paulista.
Posteriormente, como narrador esportivo, Silvio Luiz marcou presença em diversas Copas do Mundo, tornando-se uma das vozes mais reconhecidas do esporte brasileiro nas últimas décadas. Seus bordões criativos conquistaram o público e contribuíram para sua fama.
Alguns dos bordões que viraram marcas de Silvio Luiz foram:
“Está valendo”
“Acerta o seu daí que eu arredondo o meu daqui”
“Olho no lance, éééé…”
“Confira comigo no replay”
“Pelas barbas do profeta”
“O que eu vou dizer lá em casa?”
“Pelo amor dos meus filhinhos”
“Balançou o capim no fundo do gol”
“Foi, foi, foi, foi ele… o craque da camisa número…”
O amor pelo futebol o fez se candidatar por duas vezes para presidir a Federação Paulista de Futebol, contudo, sem sucesso. No pleito de 1982 perdeu para José Maria Marin e Nabi Abi Chedid. Três anos depois, voltou a tentar, mas novamente não teve êxito.
A última passagem pela TV do narrador foi na Record, onde apresentava uma transmissão alternativa dos jogos do Campeonato Paulista ao lado dos humoristas Carioca e Bola. Aliás, foi durante uma partida entre Santos e Palmeiras, inclusive, ele passou mal e precisou ir para o hospital pela primeira vez neste ano.
Nessa internação, ele permaneceu por quase um mês no hospital, mas recebeu alta. No último dia 8 de maio, voltou a ser internado no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, local onde morreu.
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