Traficantes mataram o pedreiro David Martins do Carmo, de 35 anos, por engano na noite de terça-feira (31/01) na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
David voltava da igreja quando ocorreu a abordagem dos traficantes que o revistaram e ordenaram que abrisse os arquivos de seu celular. Contudo, ele se negou a fazer o que os bandidos exigiam. Os marginais desconfiaram que David, mesmo sem qualquer anotação criminal, era integrante da milícia que atua na região.
Casamento e Família
David era casado há 10 anos e tinha dois filhos, uma menina de 8 anos e um enteado de 19. Além disso, ele morava com a família na Gardênia Azul há 35 anos e era frequentador assíduo da Igreja Internacional Renovo de Deus, onde era obreiro.
Assíduo na igreja
O pastor Ruan Dias foi um dos que ajudou nas buscas a David. Ele revelou que a vítima não faltava a nenhum culto. Além disso, contou que o jovem era muito tímido e tinha dificuldade na oratória.
“David trabalhava de pedreiro, saía de manhã e voltava à tarde. Nunca faltou um culto. Mesmo com o jeito dele quieto, tinha uma humildade e um coração puro de criança, passou por muitas lutas, mas nunca abriu mão dos seus princípios de honrar sua família e filhos. Falar dele é muito pesado, porque tínhamos ele como uma pessoa da família”, contou o pastor.
Morte brutal
O corpo de David foi encontrado esquartejado na madrugada de quarta-feira (01/02) na Avenida Canal do Anil. Ainda no Instituto Médico Legal (IML), a família de David cobrou justiça e segurança: “Foi uma barbaridade com ele. Picaram meu filho todinho, ele nunca foi bandido. Estamos sofrendo na Gardênia Azul. Prefeito, governador e presidente, olhem para a gente!“, desabafou a mãe de David.
Sepultamento
A família sepultou o corpo de David nesta quinta-feira (01/02) no cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.