O Ibovespa registrou a manutenção da sequência de quedas, que já se estende por 12 pregões consecutivos. Essa série inédita de baixas desde a criação do índice em 1968 é marcada pela sua duração desde o início de agosto. Embora as ações da Petrobras (PETR3, PETR4) tenham sustentado uma trajetória positiva do Ibovespa durante a maior parte do dia, notícias provenientes dos Estados Unidos, no final do dia, interromperam essa tendência, resultando em uma queda de 0,50% no benchmark, que encerrou o dia aos 115.591 pontos.
Apesar dessa notável série de perdas, o Ibovespa acumula um declínio de 5,21% neste mês, após um aumento de 20% nos quatro meses anteriores até o final de julho.
FOMC
Houve uma inversão para o cenário de queda, seguindo a negatividade das bolsas internacionais após a divulgação da ata do FOMC [Comitê Federal de Mercado Aberto, em inglês]. Os membros do comitê destacaram que a inflação ao consumidor nos últimos 12 meses permanece alta, o que influenciou negativamente os mercados.
FED
A interpretação de analistas em relação à ata foi que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, mantém a preocupação com a atividade econômica do país e seus impactos na inflação. Inclusive, não descartam uma nova elevação das taxas de juros em setembro, visando controlar a economia. Isso ocorre em um contexto onde, até recentemente, a maioria do mercado considerava que o ciclo de elevação das taxas estava concluído.
DÓLAR
O dólar, por sua vez, encerrou praticamente estável, com uma leve queda de 0,01%, atingindo R$ 4,985 na compra e R$ 4,986 na venda. O índice DXY, que mede a força do dólar americano em relação a outras moedas de países desenvolvidos, aumentou 0,25%, chegando a 103,47 pontos.
CHINA
Por último, os especialistas continuam monitorando a situação da China, que exerce grande influência sobre as exportadoras de commodities brasileiras e contribui para um fluxo de saída de capital do Brasil.
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