Testemunha do Caso Marielle, ex-vereador morre executado. O ex-vereador Zico Bacana foi assassinado a tiros junto com seu irmão, Jorge Tavares, nesta segunda-feira (07/08) em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ). Zico ganhou destaque por ser investigado pela CPI das Milícias e ter sido ouvido como testemunha no caso do assassinato de Marielle Franco.
Durante as investigações sobre a morte de Marielle, a Polícia Civil buscou informações sobre quem estava presente no sétimo andar do prédio, onde ficava o gabinete de Zico Bacana, no dia do ocorrido. Na CPI das Milícias de 2008, Zico Bacana foi mencionado como suposto chefe da milícia em Guadalupe, sua área eleitoral, mas sempre negou qualquer envolvimento.
Após ser atingido na cabeça na segunda-feira, Zico Bacana foi levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. Com 53 anos de idade, seu nome verdadeiro era Jair Barbosa Tavares. Nas últimas eleições, concorreu pelo Podemos, mas não foi reeleito, ficando apenas como suplente na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Essa não foi a primeira tentativa de assassinato contra Zico Bacana. Em 2020, enquanto fazia campanha, ele foi baleado de raspão na cabeça. Além disso, desde o início das investigações sobre o caso Marielle Franco, cinco pessoas envolvidas também foram mortas.
Antes de se dedicar à política, Zico Bacana foi jogador de futebol de salão, tendo atuado pelo Madureira. Ao deixar as quadras, ele ingressou na Polícia Militar trabalhou como mecânico na oficina de seu pai. Nas redes sociais, Zico Bacana se autodenominava paraquedista. Ele se aposentou da PM em 2018 após 28 anos serviço.