A entrevista do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, no Palácio Itamaraty, nesta terça-feira (30/05), foi marcada por um tumulto entre seguranças e jornalistas. A confusão ocorreu durante a Cúpula da América do Sul, reunião que conta com a participação de todos os presidentes da região, com exceção da presidente do Peru, Dina Boluarte.
Segundo o portal R7, o único da grande imprensa que noticiou o fato de imediato, houve momentos de agressão, ocorridos durante a fala do ditador venezuelano, que se preparava para deixar o prédio. O autocrata falava com a imprensa, no térreo do Itamaraty, quando aconteceu a confusão (Veja vídeo de parte da confusão).
Uma jornalista teria sido agredida com um soco na altura do peito, enquanto outro profissional da imprensa foi pego por seguranças pelo terno, na altura do pescoço.
Segundo o ex-chefe da SECOM do Governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten, a agredida teria sido a jornalista Delis Ortiz, da TV Globo. A repórter havia feito uma pergunta desconcertante ao ditador minutos antes, em que o questionou sobre a dívida com o Brasil. Algumas horas depois, com a notícia espalhada pela internet, o Grupo Globo que havia silenciado sobre o assunto acabou se manifestando:
“A confusão começou durante uma entrevista de Nicolás Maduro.Os seguranças tentavam impedir a aproximação de profissionais da imprensa. No empurra-empurra, um segurança a serviço do GSI deu um soco no peito da repórter Delis Ortiz”, disse a Globo através do G1.
“A TV Globo afirmou que repudia o ato de violência contra os jornalistas, se solidariza com a repórter Delis Ortiz e aguarda as providências a serem tomadas pelo Palácio do Planalto para a punição dos responsáveis e para evitar que episódios como este se repitam”, completou o G1.
Depois da agressão, os jornalistas foram atendidos, inicialmente, pela equipe de comunicação do governo brasileiro.