A Organização Mundial da Saúde anunciou na sexta-feira (05/05) que está encerrando a emergência declarada para o COVID-19 há mais de três anos, um marco na pandemia que matou 7 milhões de pessoas em todo o mundo e mudou a vida do planeta no período.
“É com grande esperança que declaro a COVID-19 não é mais uma emergência de saúde global“, disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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Na prática, a decisão não muda muito o cenário: muitos países já encerraram a emergência da COVID e recuaram em quase todas as restrições de saúde pública impostas para controlar o vírus. Os Estados Unidos suspenderam a emergência da COVID em 11 de maio, por exemplo.
De acordo com a OMS, o vírus continuará tendo status de pandemia, como acontece com o HIV. Mas a retirada da classificação da OMS – oficialmente chamada de “emergência de saúde pública de interesse internacional” – é um momento significativo na evolução da relação humana com o novo coronavírus.
Até 3 de maio, foram 765.222.932 casos confirmados de COVID relatados à OMS, incluindo 6.921.614 mortes. No entanto, esses números subestimam muito o verdadeiro preço da pandemia.
Pesquisadores independentes estimaram que o número real de mortos pelo vírus é muitas vezes maior. Há um ano, a OMS disse que 15 milhões de pessoas morreram a mais nos dois primeiros anos da pandemia do que em tempos normais, um número que revelou como os países estavam subestimando o número.