O cartunista Paulo Caruso (foto) morreu na manhã deste sábado (04/03) na cidade de S. Paulo (SP), onde estava internado. Irmão gêmeo do também cartunista Chico Caruso, Paulo tinha 73 anos.
Caricaturista, ilustrador, chargista e músico, Paulo José Hespanha Caruso nasceu em S. Paulo em 6 de dezembro de 1949.
Ele estudou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão. Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e também montou uma banda composta por cartunistas.
Iniciou a vida profissional no “Diário Popular” no final da década de 1960 e também colaborou com os jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento”. Na década de 1970, atuou no “O Pasquim”, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. Em 1988, começou a publicar, na revista “IstoÉ”, a coluna de humor Avenida Brasil.
Em 1992, lançou um livro com o mesmo título da coluna: “Avenida Brasil”. Nele reuniu centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. Na ocasião, o alvo era o presidente Collor. Também é autor de “As Origens do Capitão Bandeira” (1983), ”Ecos do Ipiranga” (1984), “Bar Brasil na Nova República” (1986) e “A Transição pela Via das Dúvidas” (1989).
“A matéria-prima é toda fornecida pelo governo. Eu acho que nós, cartunistas, deveríamos virar ‘estatal’ porque nós dependemos tanto do governo para nossa produção”, revelou certa vez.
Atualmente, ele era integrante do programa Roda Viva, da TV Cultura e também publicava charges na revista Época.