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Atrizes processam TV Globo por fraudar lei trabalhista

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Fotos: Instagram.

Duas das atrizes mais famosas do país, Carolina Ferraz e Maitê Proença, resolveram expor de vez a TV Globo e sua forma de burlar as leis trabalhistas na contratação de seus funcionários. As duas duas atrizes se uniram em um processo contra a emissora na tentativa de terem mais forças contra a ex-empregadora na Justiça. Maitê entrou com um processo em 2018 e Carolina é sua testemunha na ação contra a Globo.

Maitê Proença está pedindo uma indenização de 500 mil reais no processo que prova e exige o reconhecimento de seus direitos trabalhistas e de seu vínculo empregatício com a Globo. A atriz era contratada como pessoa jurídica (PJ), ou seja, era uma prestadora de serviços e não pelas normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que garante benefícios e segurança ao empregado.

Esse método de contratação era amplamente utilizado pela Globo até 2018, quando o então candidato Jair Bolsonaro expôs esse método de fraudar a lei trabalhista e economizar os pagamentos dos chamados direitos trabalhistas aos empregados.

Em recente entrevista a um podcast, o jornalista Marcos Uchôa reconheceu que a onda de demissões na Globo se deu após o início do Governo Bolsonaro pela dificuldade que o novo presidente impôs à tentativa da emissora de burlar as leis trabalhistas. O próprio Uchôa era contratado como pessoa jurídica e acabou sendo recontratado pela CLT antes da Globo demiti-lo por conta da denúncia de Bolsonaro.

Além de ser testemunha de Maitê, Carolina Ferraz também processou a emissora e pediu reconhecimento empregatício. Em seu depoimento judicial, a atual apresentadora da Record TV disse que teria sido obrigado pela Globo a assinar um contrato fora da carteira de trabalho.

Carolina firmou oito contratos por meio de sua pessoa jurídica, sendo que acredita que todos foram sucessivos, não se lembrando se pode ter ocorrido um lapso temporal pequeno entre eles e que para a contratação era exigida a fraude por meio de pessoa jurídica.

Ferraz relatou que tinha uma rotina de uma empregada com vínculos enquanto trabalhava na emissora carioca. Ela revelou também que precisou interromper uma participação em uma peça de teatro em seu terceiro mês para fazer uma novela na Globo. Carolina pede 7 milhões de indenização.

Maitê Proença conta que soube de sua demissão pela imprensa no segundo semestre de 2016. “Foi muito estranho, não tive nenhum aviso. Quando começaram os boatos de que eu já tinha sido dispensada, liguei para a pessoa que tinha me dito que o contrato seria renovado, e ela me falou que, de fato, ia ser descontinuado”, declarou Maitê.

A esperança da Globo é que Bolsonaro não seja reeleito e possa voltar a fraudar a lei trabalhista como ocorria antes, o que gera um prejuízo aos trabalhadores, mas uma grande economia para a emissora.

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