Após o escândalo da denúncia da omissão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no envio do material publicitário com inserções de propaganda da campanha de Jair Bolsonaro, o tribunal decidiu exonerar o servidor Alexandre Gomes Machado, assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência.
O servidor exercia a função de Coordenador do Pool de Emissoras. Ele era o responsável pelo recebimento dos arquivos com as peças publicitárias e sua disponibilização no sistema eletrônico do TSE, para que sejam baixadas pelas emissoras de rádio e TV.
A assessoria do tribunal alegou ao blog O Antagonista que a exoneração ocorreu “em virtude do período eleitoral” e que “a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe”.
A exoneração está sendo vista como a escolha de um “bode expiatório” para o escândalo. A omissão do tribunal fez com que, apenas no Nordeste, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) tenha tido cerca de 150 mil inserções de propaganda de 30 segundos a menos que o seu adversário Lula (PT) só no segundo turno.
SERVIDOR SE PRONUNCIA
Machado disse em entrevista à CNN que “estão tentando criar uma cortina de fumaça” com a exoneração ocorrida horas depois a da campanha de Bolsonaro (PL) protocolar uma petição com provas da denúncia.
“Eu não fiz nada de errado e fui exonerado sem saber o motivo e sem nenhum tipo de conversa”, alegou o servidor.