A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou nesta sexta-feira (24/06) o direito ao homicídio de bebês no ventre materno no país. A votação teve seis votos favoráveis à Vida a três contrários.
A Corte reverteu um entendimento tomado em 1973, no processo conhecido como “Roe versus Wade”, que garantiu às mulheres a liberdade para matar os nascituros que levem no ventre.
A decisão não é um ponto final na barbárie, pois a Corte decidiu que a legislação estadual que deve definir os limites para o homicídio autorizado. Os estados estão autorizados a legislar e autorizar o método de eugenia.
A maioria da corte atualmente é formada por conservadores. A decisão com 213 páginas é assinada por Samuel Alito, que foi escolhido em 2006 por George W. Bush. Os três ministros selecionados pelo ex-presidente Donald Trump – Brett Kavanaugh, Neil Gorsuch e Amy Coney Barrett – proporcionaram a maioria que reverteu a autorização para matar.
O entendimento da Suprema Corte norte-americana é de que não há na Constituição dolos EUA o direito ao homicídio de nascituros, eufemisticamente chamado de aborto. “A Constituição não confere o direito ao aborto; os casos Roe e Case estão derrubados; e a autoridade para regular o procedimento retorna para as pessoas e seus representantes eleitos”, diz a decisão.
A expectativa é de que pelo menos 26 dos 50 estados norte-americanos devem restringir regras de aborto após a decisão.