Há muitas afinidades entre José Sócrates e Lula da Silva. Além de bons amigos, ambos são destacados líderes socialistas de seus países e foram contemporâneos na chefia dos respectivos governos. Mas, uma característica em particular une as duas figuras públicas: as suspeitas que pairam sobre ambos.
No caso de Lula há bem mais que suspeitas. Condenado em duas ações criminais por corrupção que foram confirmadas por tribunais superiores, Lula só escapou da cadeia e da condenação por chicanas jurídicas de uma suprema corte desmoralizada. Deixou de ser um condenado por um vício formal do processo que não era vício algum.
Mas se Lula tem uma suprema corte inteira a seu serviço, Sócrates tem o juiz Ivo Rosa. Na Wikipedia algum maroto colocou que Ivo Rosa é cônjuge de Sócrates. Uma piada por conta da simpatia ou quase amor do juiz com o réu. Mas um juiz que livra um réu como Sócrates de 25 crimes não pode ser chamado de cônjuge, mas de mãe.
Pois foi isso que ocorreu na última sexta-feira (09/04) em Portugal. O ex-primeiro-ministro, denunciado pelo Ministério Público por um rosário de crimes, teve a denúncia de 25 crimes rejeitados. Só responderá por seis denúncias relacionadas a dois tipos criminais. Um prêmio de consolação do Judiciário para a sociedade portuguesa.
A moral da história é que o “modus operandi” socialista não muda de país para país, ainda que os graus de socialismo sejam diferentes. Em Portugal, como aqui, está “tudo dominado” após décadas de hegemonia político-cultural da esquerda. Os líderes socialistas cá e lá são os donos do Estado e podem dizer em bom português a célebre frase de Luís XIV adaptada à realidade socialista: “o Estado é o Partido”.
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