O pedido de prisão do humorista Danilo Gentili, feito pela Câmara dos Deputados, foi rejeitado pela Procuradoria Geral da República.
O Procurador-Geral Augusto Aras, porém, recomendou à Suprema Corte que proíba-o de frequentas as redes sociais. Isso o impediria de acessar o Twitter, onde tem mais de 17 milhões de seguidores.
Aras solicitou também que Danilo Gentili seja incluído no inquérito dos atos antidemocráticos, o chamado “Inquérito do Fim do Mundo”, que já prendeu diversos apoiadores de Jair Bolsonaro.
A prisão de Danilo Gentili fora requisitada pela Câmara dos Deputados em função de uma mensagem agressiva do humorista às instituições democráticas. Nela, disse Gentili: “Só acreditaria que esse País tem jeito se a população entrasse agora na câmara e socasse todo deputado que está nesse momento discutindo PEC de imunidade parlamentar”.
A mensagem se configuraria crime de “grave ameaça ao livre exercício dos Poderes”, previsto na Lei de Segurança Nacional, delito imputado ao deputado Daniel Silveira, que segue preso.
Aras alegou que o humorista não deveria ser preso porque apagou a mensagem e se retratou. O pedido de que ele seja impedido de usar as redes, porém, seria necessário porque estes são os meios pelos quais se pratica os crimes ora sob apuração.
O Procurador solicitou ainda que o humorista seja proibido de ficar a menos de um quilômetro da Câmara dos Deputados, bem como de mobilizar, organizar ou integrar manifestações contra qualquer dos poderes e, ainda, de ausentar-se da comarca de sua residência sem autorização judicial.