Em mais um chocante caso de violência contra um menor, agentes da 58ª Delegacia de Polícia (DP) de Posse efetuaram a prisão em flagrante de Jonatas Silva Monteiro e Thiffany Ribeiro e Silva na última terça-feira (21/01). O casal é acusado de um crime hediondo: espancar uma criança de 4 anos até a morte em Nova Iguaçu.
A tragédia veio à tona quando o menino, filho de Thiffany, foi levado sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Miguel Couto, em Nova Iguaçu. Inicialmente, o casal tentou encobrir o crime, alegando que a criança havia sofrido duas quedas acidentais da cama: uma no dia 11 de janeiro e outra no próprio dia do falecimento.
No entanto, a equipe médica rapidamente identificou inconsistências nessa versão. Ao examinar o corpo da vítima, os profissionais de saúde constataram a presença de múltiplos hematomas, tanto recentes quanto antigos. Essas lesões eram claramente incompatíveis com a história apresentada pelo casal.
Diante dessas evidências alarmantes, a Polícia Civil foi imediatamente acionada. Em seguida, Jonatas e Thiffany foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos. Em declaração ao jornal DIA, o delegado Tiago Venturini, responsável pelo caso, informou que os suspeitos optaram por permanecer em silêncio durante o interrogatório. Além disso, o que mais chocou as autoridades foi a completa ausência de qualquer sinal de remorso por parte do casal.
À medida que a investigação avançava, um quadro ainda mais perturbador começou a emergir. O laudo médico, em conjunto com depoimentos de familiares, revelou que o menino era submetido a maus-tratos frequentes. De acordo com testemunhas, as agressões eram rotineiramente praticadas pelo casal e, surpreendentemente, justificadas como “medidas corretivas”.
Além disso, parentes próximos do casal relataram que já haviam alertado Jonatas sobre a brutalidade excessiva das punições impostas à criança. Essas advertências, infelizmente, parecem ter sido ignoradas, culminando neste trágico desfecho.
As investigações também trouxeram à luz um detalhe ainda mais perturbador: a criança já estava sem vida antes mesmo de ser levada à unidade de saúde. Esse fato sugere uma possível tentativa de ocultação do crime por parte dos acusados.
Diante da gravidade dos fatos e das evidências coletadas, o casal enfrentará acusações de homicídio qualificado. Este tipo de crime é considerado hediondo pela legislação brasileira, o que implica em penas mais severas e restrições quanto a benefícios legais.
Este caso chocante serve como um lembrete doloroso da importância da vigilância constante e da denúncia imediata de suspeitas de abuso infantil. É fundamental que a sociedade como um todo esteja atenta aos sinais de maus-tratos e não hesite em acionar as autoridades competentes para proteger as crianças em situação de vulnerabilidade.