Nesta segunda-feira (29/05), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul está cumprindo dezenas de mandados de prisão contra suspeitos de participarem de uma organização criminosa envolvida no golpe dos nudes, que visava enganar homens de classe média e alta. Até o momento desta atualização, 31 pessoas foram detidas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
De acordo com as investigações, o grupo entrava em contato com as vítimas por meio de perfis falsos de mulheres jovens, com o intuito de obter fotografias íntimas. Os principais alvos dos golpistas eram homens mais velhos.
Empresários, médicos e até políticos estão entre as vítimas identificadas, conforme informou a RBS TV.
“O esquema estava bem planejado, com um amplo material que contribuía para iludir as vítimas e que era compartilhado entre os criminosos. Para a produção desse material, os suspeitos chegavam a coagir adolescentes, que enviavam fotos, áudios e vídeos em troca de pagamento ou até mesmo sob ameaças“, explicou o delegado Rafael Liedtke, segundo comunicado da Polícia Civil.
Além do Rio Grande do Sul, a quadrilha também contava com participantes em Santa Catarina. A polícia identificou vítimas em pelo menos 12 estados: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Mais crimes
Além da extorsão, o dinheiro obtido por meio do golpe era distribuído entre “laranjas” que recebiam pagamentos regulares do grupo criminoso.
No entanto, a maior parte do dinheiro retornava aos golpistas, que levavam uma vida luxuosa. Uma porção do dinheiro também acabava nos presídios, nas mãos de detentos que ocupavam posições de liderança no sistema prisional.
A polícia está investigando os crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, porte ilegal de armas e munições, extorsão e corrupção de menores.
As prisões ocorreram em Florianópolis (SC), bem como nas seguintes cidades do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Viamão, Tramandaí e Imbé.
A operação envolveu um total de 150 policiais dos dois estados, além do uso de um helicóptero.