A Polícia Federal voltou a analisar, depois da reabertura do inquérito sobre a tentativa de homicídio contra Jair Bolsonaro, a hipótese de relação entre Adélio Bispo, autor do atentado, e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.
A retomada das investigações atende a um anseio da sociedade, que nunca aceitou as conclusões das investigações anteriores.
Em dois relatórios, o delegado Rodrigo Morais Fernandes, encarregado do caso até o ano passado, concluiu que Adélio agiu sozinho no dia do atentado. Ele não encontrou indícios da participação de terceiros no atentado contra o então candidato presidencial. Morais já havia descartado, inclusive, a ligação do PCC com o atentado.
Desde que a apuração foi reaberta pela PF, o Delegado Martin Bottaro Purper foi escolhido para analisar o caso. Purper é um dos maiores especialistas sobre o PCC dentro da Polícia Federal. Ele comandou, por exemplo, de uma operação que teve como alvo o braço financeiro da facção.
A hipótese de ligação de Adélio com o PCC voltou a ser analisa em função de registros localizados no telefone celular de um dos advogados de Adélio. Em pelo menos um desses registros, um dos advogados liga o nome de Adélio ao PCC.
As especulações sobre a suposta relação do PCC com a facada em Jair Bolsonaro surgiram logo após o atentado, a partir da constatação de que pelo menos um dos advogados da equipe que se apresentou para defender Adélio também atende integrantes da facção criminosa.
A grande imprensa tem buscado desqualificar essa nova etapa da investigação.