A prisão do médico-monstro Giovanni Quintella Bezerra l em flagrante por estupro durante um parto no último domingo (10/07), obrigou seus pais a ir todos os dias no local em que ele morava sozinho. O estuprador morava de aluguel na Barra da Tijuca, Rio (RJ), e os pais estão desocupando o imóvel.i
Eles chegam bem cedo, entre 6h e 7h, e não conversam com ninguém. Chocado com o crime, o proprietário do apartamento pediu para liberar a unidade o mais rápido possível.
Segundo pessoas que tinham contato com o médico-monstro, ele era uma pessoa reservado e não conversava com ninguém. Eles destacam que ele mantinha o hábito diário de ir para a academia que fica ao lado do prédio em que morava.
“É extremamente vaidoso, às vezes ficava na academia até o último horário. Treinava com um personal trainer e nunca batia papo com mais ninguém”, comentou X., que não quis se identificar à reportagem do jornal O Globo.
Outra pessoa da vizinhança relatou a reação dos moradores do condomínio e dos frequentadores da academia ao saber do crime cometido pelo anestesista: “Todos ficaram chocados. A gente via o Giovanni diariamente. É bem estranho pensar que ele fez aquilo. Ele parecia normal”, relatou Y., que também preferiu não se identificar na reportagem.
Todos concordam em um ponto: é difícil falar sobre ele, porque o estuprador nunca deu abertura para ninguém se aproximar. Ele não tinha o hábito de receber amigos em seu apartamento, mas costumava estar acompanhado de mulheres. Tentando encontrar motivos que pudessem motivar os atos de Giovanni, ninguém consegue pensar em nada que apontasse essa perversão.
“Ele era rico, tinha uma condição boa, uma namorada linda. Ele tinha tudo, não dá pra entender”, desabafa X.
A família do médico-monstro também mora na Barra da Tijuca. Seus pais são separados e estão chocados com o escândalo. O pai é médico, tem 41 anos de carreira e é dono de uma clínica de ginecologia. Nesta quarta-feira (13/07), o estabelecimento do pai, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, estava fechado.