Uma investigação do jornal norte-americano The New York Times analisou dados recolhidos em vários países que usaram vacinas chinesas, como as Ilhas Seychelles, a Mongólia e o Chile e chegou a conclusões a respeito da baixa eficácia do imunizante chinês que no Brasil é produzido pelo Butantan.
Esses três países usaram, em grande parte, o fármaco por seu fácil acesso e pretendendo executar ambiciosos programas de imunização. Porém, os três registram agora recordes de novos casos diários.
O NYT apontou que o estudo revelou uma dura realidade que enfrenta o mundo pós-pandemia: o grau de recuperação pode depender do fármaco que os governos administram aos seus cidadãos.
Segundo o site Diário de Notícias, de Portugal, o estudo do NYT revela que nas Seychelles, no Chile, no Bahrein e na Mongólia, “cerca de dois terços das respetivas populações foram imunizados, sobretudo com inoculações desenvolvidas pelos dois fabricantes chineses: a Sinopharm e o Sinovac Biotech. Mas todos os quatro estão entre os 10 países com os surtos mais graves da doença”.
“Segundo o virologista Jin Dongyan, da Universidade de Hong Kong, : “se os imunizantes fossem bons o suficiente, não devíamos ter este padrão”.
Nos Estados Unidos, 45% da população está completamente imunizada, sobretudo pelos imunizantes da Pfizer-BioNTech e Moderna. E lá, os casos diários caíram 94% em seis meses.
Israel forneceu injeções da Pfizer e tem a segunda maior taxa de vacinação do mundo, depois das Seychelles. O número de novos casos de covid-19 confirmados diariamente por milhão de habitantes em Israel está agora em cerca de 4,95.
Nas Seychelles, que dependia principalmente do Sinopharm, esse número ultrapassa os 716 casos por milhão.