A ex-deputada Sandra Cavalcanti morreu nesta sexta-feira (11/03), vítima de parada cardíaca. Ela faleceu em sua casa, aos 96 anos de idade. O velório e o sepultamento ocorrerão neste sábado (12/03), no cemitério São João Batista, no Rio.
Uma das pioneiras da presença da mulher na política e grande ícone feminino da direita brasileira por várias décadas, Sandra foi eleita pela primeira vez para o cargo de deputada estadual com 14.513 votos, pela UDN, na Guanabara, em 1960. Ela era uma das porta-vozes do governador Carlos Lacerda no seu mandato (1960-1965).
Em 1961 foi convidada pelo presidente Jânio Quadros para ser a Embaixatriz do Brasil na UNESCO, mas declinou do convite e defendeu o fim dos carros oficiais e o direito de os homens serem professores primários.
Como secretária de Serviços Sociais da Guanabara, em 1964, ela participou da transferência de moradores de favelas para conjuntos habitacionais com habitações mais dignas. Como presidente do Banco Nacional de Habitação (BNH), foi defensora das cooperativas habitacionais.
Em 1974, foi novamente eleita deputada estadual, sendo a mais votada do seu partido (ARENA), com 34.516 votos, à Assembleia Constituinte Estadual do novo Estado do Rio, resultado da fusão com a Guanabara. Foi a primeira idealizadora da criação de um Ministério para assuntos femininos.
Em 1982, disputou o cargo de governadora do Rio, mas ficou em quarto lugar no pleito vencido por Leonel Brizola.
Ela também foi deputada federal constituinte, tendo sido a segunda mais votada do estado. Em 1995, foi nomeada Secretária Extraordinária de Projetos Especiais da Prefeitura do Rio de Janeiro pelo então prefeito, César Maia, tornando-se membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social.
Dois anos depois, com o prefeito Luiz Paulo Conde, Sandra coordenou a visita do Papa João Paulo II ao Rio.
Sandra Cavalcanti também dirigiu um telejornal na TV Tupi, participou no corpo de jurados do “Programa de TV Flávio Cavalcanti”, e estrelou o programa Manchete Shopping Show, na TV Manchete.