Morreu neste domingo (29/12) o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter. Ele governou os EUA entre 1977 e 1981. A informação foi dada por filho Chip ao jornal “The Washington Post”.
“Meu pai foi um herói, não só para mim, mas para todos que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta”, disse Chip Carter, em nota.
“Meus irmãos, minha irmã e eu o compartilhamos com o mundo por meio dessas crenças comuns. O mundo é nossa família pela maneira como ele uniu as pessoas, e agradecemos por honrar sua memória continuando a viver essas crenças compartilhadas”, completou.
Esquerdista, Carter era integrante do Partido Democrata. Ele foi senador e governador do estado da Geórgia antes de chegar à Presidência. Seu governo foi marcado por uma grave crise econômica. Para muitos, Carter foi o pior presidente americano.
Durante seu mandato, uma disputa diplomática com o Irã resultou no sequestro de 52 americanos na embaixada em Teerã em 1979. Os reféns americanos só foram soltos 444 dias depois, no governo de seu sucesso, o presidente Reagan. O episódio marcou negativamente a gestão de Carter.
Após o fim de seu mandato continuou fazendo política por meio da Fundação Carter, criada em 1982. O ex-presidente organizou missões diplomáticas pelo mundo. Sua atuação fora do poder foi reconhecida como um símbolo na luta pelos direitos humanos e pela democracia.
Dessa forma, foi premiado com o Prêmio Nobel da Paz em 2002 por seu “esforço incansável para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, impulsionar a democracia e os direitos humanos e promover o desenvolvimento econômico e social”.
Morto aos 100 anos, Jimmy Carter foi o mais longevo dos ex-presidentes americanos.