A Polícia Civil indiciou o médico que deu alta a um menino de 10 anos que acabou morrendo por desnutrição e desidratação graves. O caso ocorreu na cidade de Tanguá (RJ).
O médico é acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar). Mesmo diante do estado crítico da criança, ele a entregou aos pais que, por sua vez, são suspeitos de abusos e negligência. O médico irá responder ainda por omissão de notificação às autoridades públicas sobre prática de violência contra criança.
Além do médico, o diretor do hospital e quatro conselheiras tutelares também foram indiciadas por não terem alertado as autoridades sobre a violência.
O crime ocorreu no início de maio. Na ocasião, os pais da vítima foram presos em flagrante por homicídio culposo e abandono material. Eles seguem detidos.
Além do menino falecido, eles têm outros dois filhos que ficavam dias sem comida e tinham marcas de agressões recentes e antigas pelo corpo.
De acordo com a 70ª DP (Tanguá), mesmo contra as recomendações de toda a equipe de enfermagem do hospital, o médico insistiu na alta, justificando que o pai do menino era guarda municipal e conhecido por todos.
Mas os crimes dos pais não paravam por aí. No decorrer da investigação, os investigadores também descobriram que uma das filhas do casal teria sido abusada pelo pai, o que nunca foi comunicado à delegacia. A polícia agora apura mais este crime contra o casal.