Cresce entre as tropas policiais militares em todo o país a revolta por terem que perseguir cidadãos que querem trabalhar. O desconforto entre os policiais tem sido noticiado pela grande imprensa como se fosse uma insubordinação suscitada por questões políticas e não uma grave situação de estresse e conflito contra valores pessoais e institucionais dos policiais.
Policiais militares são formados para combater o crime e prender indivíduos à margem da lei. Em um país com 60 mil homicídios anuais e em que muitas dessas mortes são de policiais em combate a criminosos perigosos e fortemente armados, ir para as ruas prender trabalhadores tem gerado confusão e remorso nas tropas.
Os focos mais graves de revolta ocorrem no Ceará, na Paraíba, em Pernambuco, no Espírito Santo e, sobretudo na Bahia, cujo autoritarismo do governador Rui Costa já causou uma tragédia com um policial assassinado por colegas de farda.
Mas uma reportagem do jornal O Globo neste domingo (04/04) desinforma a respeito do que vem acontecendo no seio das corporações e afirma que são as lideranças políticas bolsonaristas que estão incitando revoltas e não as atitudes autoritárias dos governadores.
Além da perseguição a trabalhadores, também temos assistido cada vez mais a tortura da verdade na grande mídia nacional.