A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a participação da influenciadora digital Karina Laino Gomes com elementos de uma quadrilha especializada em roubar clientes de agências bancárias. Os criminosos atuam nas regiões da Zona Oeste do Rio e na Baixada Fluminense.
Karina e o um elemento identificado como Edmilson Souza da Silva foram presos por policiais da 33ª DP (Realengo) e autuados, em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo, na última quarta-feira (07/06).
O inquérito indica que Karina seria a motorista da quadrilha. Seu papel era de aguardar no automóvel, parada em frente à agência, enquanto seu cúmplice desce e, armado, aborda as vítimas enquanto usam os caixas eletrônicos.
Segundo informações da polícia, os dois já vinham sendo monitorados desde o final do mês de maio, quando ocorreu um assalto na porta de uma agência do Itaú, no bairro de Realengo. Nesta quarta-feira, seguranças do banco informaram à polícia sobre a presença de um carro suspeito diante da agência.
A Polícia Civil analisa aa imagens das câmeras de segurança de uma agência localizada na Avenida Marechal Fontenele. No vídeo é possível ver quando um cliente, carregando um malote, é surpreendido do lado de fora da agência por um bandido armado.
Ainda segundo a polícia, o papel de Karina como motorista da quadrilha seria uma forma não despertar a atenção dos seguranças bancários. Os agentes ainda tentam identificar outros dois suspeitos de fazer parte da quadrilha. A quadrilha também atua em Nova Iguaçu.
Com cerca de 63 mil seguidores no TikTok e 54 mil no Instagram, Karina tinha o hábito de relatar suas viagens ao Nordeste e mostrar as tatuagens pelo corpo nas redes sociais.
Curiosamente em uma publicação, ela chegou a falar, brincando, da hipótese de ser presa, porém por motivos bem diferentes do que acabou acontecendo: “Se ser ciumenta e neurótica fossem considerados crimes, eu já estaria presa“, escreveu.
A polícia revelou ainda que, em depoimento, Karina e Edmilson confessaram a prática do crime conhecido como “saidinha de banco”. Eles foram presos em flagrante por porte de armas. A polícia investiga se há envolvimento do casal com a quadrilha que age na Zona Oeste e na Baixada Fluminense. Nenhum dos dois possuía antecedentes criminais.